quarta-feira, 10 de março de 2010

“UMA VIVA ESPERANÇA”






“... se tardar, espera-o, porque certamente, virá... Hc.2,3.



Protagonizamos a sombria noite dos tempos finais, uma noite tão escura, que chega a amedrontar os mais corajosos. A escuridão desses últimos dias é tão densa e tão viva, que se tem a impressão que irá a qualquer momento nos tragar a todos. À noite de prognósticos terrivelmente assustadores da qual falara os profetas, desceu sobre o mundo de forma ameaçadora, quase inacreditável, mas tão real quanto o ar que respiramos, descortinando o grande conflito entre o reino das trevas e o reino da luz.
As terríveis catástrofes de alcance jamais visto, tem se alastrado rapidamente por todo o planeta; a natureza parece protestar, pela agressão que tem sofrido durante os milênios vividos, enquanto ela agoniza revela ao mundo que Deus tem o controle da história, que Ele intervem quando deseja e que jamais desiste de seus objetivos.
O caos dessa noite escura segue o rumo traçado por Deus, nem por um segundo o Senhor da história perdera o controle, Ele tem o universo inteiro na palma de sua mão.Observa invisivelmente calmo o colapso mundial, a decadência que domina a terra em todas as áreas, em todas as camadas sociais e culturais, mas isso não o assusta, porque todas as coisas, até as mais incríveis, estão sob o seu total domínio. Ele é senhor de todas as coisas.
Mas ao contrário do Criador toda a terra geme descontrolada, ela se contorce, cambaleia em dores nunca antes sentidas; fenômenos notáveis têm se propagado assustadoramente, a extensão dos danos não tem medidas, a sociedade vive um desastre moral sem precedentes na história. Tudo é um confuso mistério para a humanidade distante de Deus, que sem encontrar respostas satisfatórias pergunta: porque todo este caos? Ela ignora que todas essas tragédias que a assola foram predeterminadas por conseqüências de seus pecados não expiados. A humanidade desconhece que caminha certeiramente para o alvo do Eterno, suas tragédias apontam para o fim, porém antes do fim, algo extremamente incompreensível, quase inacreditável, entretanto, tão certo quanto a existência do próprio Deus, está prestes a acontecer: O RREBATAMENTO DA IGREJA, a primeira etapa da segunda vinda de Jesus a terra.
Toda funesta atividade do inferno durante esses dois milênios concentrou-se para fazer calar a pregação sobre a volta de Jesus, em especial o arrebatamento da Igreja, para atingir seu objetivo o inimigo tenta infiltrar na igreja a mentalidade mundana, querendo faze-la esquecer que é forasteira, uma estranha no mundo, que seu caráter moral e espiritual está em harmonia com Deus. E ela quase esqueceu que o mundo e o inferno a odeiam, que se pudessem a mandariam para o exílio em algum mundo longe de qualquer acesso, simplesmente por pregar a verdade que eles tanto desprezam. Ao passo que a apostasia fora crescendo o inimigo foi obtendo êxito em abafar a voz profética, e hoje ela é quase um sussurro na igreja. Aquela voz que na autoridade do Espírito Santo se levantava apaixonadamente, e anunciava que o arrebatamento estava prestes acontecer, precisa se levantar novamente na mesma autoridade.
À medida que ao longo dos anos fora ficando cada vez mais escasso o número dos príncipes da oração, também fora diminuindo o número daqueles que amam a vinda do Senhor Jesus Cristo, e conseqüentemente a mensagem do arrebatamento fora se calando. Aqueles ministros da Palavra, homens de vidas consagradas, que quando ministravam ardorosamente sobre a realidade do arrebatamento, faziam arder os corações dos ouvintes, foram partindo para a eternidade, e muitos dos que surgiram para ocupar os seus lugares apostataram da fé; não há em seus corações a mesma paixão por Jesus Cristo, em algum momento de suas vidas abandonaram o primeiro amor; não acreditaram mais em Cristo, rejeitaram sua palavra como única regra de fé, venderam seu ministério, e desobedientes privam a igreja de Cristo da genuína mensagem; não pregam que a qualquer momento “aquele que há de vim virá”, virá como um ladrão na noite para o maior rapto de pessoas todos os tempos, para o mais glorioso encontro; o encontro do Noivo celestial com sua noiva.
A grande maioria dos pregadores de hoje associou-se ao inferno, amou mais as trevas que a luz, no começo da caminhada como cristãos viveram um engano; converteram-se superficialmente; o inicio do ministério foi um verdadeiro fogo de palha, mas tão logo vieram as tentações o fogo do amor se apagou, e então suas verdadeiras identidades veio a tona. Ministros de Satanás é o que são, disfarçados, lobos em pele de ovelhas, tão parecidos com os autênticos ministros que enganam até os escolhidos. É o joio no meio do trigo que não pode ser arrancado. Embaixadores do inferno infiltrados no seio da igreja, e tudo isso, para fazer calar a voz profética, agem sob o comando do espírito de Jezabel, são tão rebeldes quanto o rei Saul, são movidos pela inveja como Caim, e tão desprezíveis quanto Esaul. Uns verdadeiros abutres, que estão por ai em toda à parte arrebanhando pessoas, enriquecendo-se as custas da simplicidade do povo que vergonhosamente desconhece a Palavra de Deus e seus princípios, e por causa disso falta-lhes a sabedoria divina para reconhecer um charlatão quando revestido de ministro do Evangelho.
Boa parte da igreja como organização parece encantada, inebriada com as eloqüentes mensagens sobre o bem estar pessoal, sobre o culto a si mesmo, sobre a prosperidade, sobre a falsa adoração, onde o Espírito Santo aparece ocupando o lugar de Jesus, quando sabemos que uma das funções do Espírito é glorificar a Jesus e não a si mesmo. Hipnotizada sob os acordes de intermináveis canções, ela não reage, sorve o cálice do engano sem questionamentos, como uma ovelha muda à igreja não faz perguntas, infelizmente. Em seus altares não se prega a vinda de Cristo, muito menos sobre o arrebatamento; e se por algum momento surge uma mensagem com esse tema é apenas para iludir os presentes pois, o espírito do anticristo atua livremente nessas igrejas.
Mas há também aquelas igrejas dirigidas por homens fiéis, porém que perderam a motivação, aquela chama que ardia e alumiava no passado parece estar se apagando, eles perderam a essência, talvez tenham sido atingidos pela imensa onda de desânimo que nos últimos anos tem se alastrado pela cristandade; eles ainda amam o Senhor, trabalham esforçadamente para evangelizar, cuidam do rebanho, tem uma mensagem e um ministério cristocentrico, mas a mensagem do arrebatamento tem sido ignorada, sufocados, eles perderam as forças para ministra-la. A grande tragédia da igreja da nossa era, é que o arrebatamento não apenas um mistério desconhecido ao mundo é também um mistério desconhecido a igreja.
A falta dessa mensagem nos púlpitos deixa o corpo de Cristo com fome e sede, uma sede que dói, que dilacera o coração, como se algo estivesse separando a alma do espírito e ambos da carne; é uma dor física, emocional e espiritual ao mesmo tempo; é uma fome insaciável por algo que não mais se ouve, uma nostalgia como se Deus estivesse muito distante apesar de está bem próximo, é uma agonia que palavras não podem expressar, uma dor que músicas espirituais e apelos emocionais não podem aplacar; é um pesar profundo, uma sensação de vazio que faz o céu parecer mais alto do que realmente é, que faz a alma desejar estar junto a Ele e abraça-lo. A dor dessa saudade é produzida porque não atentaram para o ensinamento do apóstolo Paulo em I Ts. 4,18 “ consolai-vos uns aos outros com estas palavras”, a esperança do arrebatamento. Que catástrofe pior poderia ocorrer na igreja que lhe tirar a vivacidade, a esperança do seu chamamento? Roubaram a vida de alegria da igreja quando pararam de ministrar a sua viva esperança.
Mas gostaria de lembrar aos nobres ministros da palavra, àqueles que deixaram de pregar sobre o arrebatamento, talvez por negligência, comodismo, falta de ânimo, ou quem sabe, por considera-lo uma utopia, as palavras do próprio Senhor Jesus: “negociai até que eu volte” Lc. 19,13.Também as palavras do apóstolo Paulo: “igualmente o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas!” 2 Tm. 2,5. E essas, são as normas, “ ... se tardar, espera-o, porque, certamente virá, não tardará”. Hc. 2,3. Não abandoneis, portanto a vossa confiança; ela tem grande galardão. Porque ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará”. Hb 10,35 e 37.
No entanto a igreja não é composta apenas por ministros, existem os membros, o rebanho que parece também haver se esquecido do iminente retorno do Senhor Jesus. Vivem tão concentrados em seu mundo, que a paixão pelo arrebatamento, que no inicio de suas jornadas como cristãos lhes incendiava a alma, agora se esfriou, o primeiro amor não existe mais, o arrebatamento agora é um sonho distante, perdido em algum lugar entre as páginas da Bíblia.
No mundo moderno dos cristãos, onde a tecnologia lhes facilita a vida, o ardente amor a Cristo e a sua vinda foi perdendo o brilho, e o sentimento que hoje ocupa seu lugar é opaco, sem vida e sem cor, é um amor que não reluz, sua esperança se não morreu está a morte. Cristãos modernos não que se põem mais em suas “torres de vigia”, abandonaram a fortaleza, seduzidos pelos prazeres mundanos não esperam mais o regresso do Grande Rei. Mas Ele virá, virá como um ladrão na noite! Ainda que não mais o esperem, Ele virá porque “suas palavras são fiéis e verdadeiras”!
Porém mais trágico do que esses cristãos adormecidos são aqueles que além de adormecidos são prisioneiros do pecado. O ponteiro do relógio do tempo se aproxima velozmente da meia-noite, mas eles estão tão envolvidos com as obras da carne que não se importam. Quanto mais as trevas envolvem a noite, e os juízos cósmicos se alastram por toda a terra, mas eles afundam no lamaçal do pecado, e curvam-se diante do príncipe deste mundo. São cristãos tão sinistros que chegam a amedrontar, há muito perderam o temor, tem a aparência de cristãos, mas negam a fé, menospreza a bendita esperança do arrebatamento, no entanto, a despeito de o esperarem ou não o Dia de Cristo virá, sim Ele virá como um ladrão na noite. Sua vinda surpreenderá a muitos, e a realidade do arrebatamento será um cálice duro de sorver, mas terão que sorve-lo, terão que admitir que Aquele que fez a promessa é fiel para cumpri-la.
Mas apesar da apostasia dos últimos tempos a verdadeira igreja de Cristo sobrevive e marcha vitoriosa para o seu alvo. Ela, imaculada, irrepreensível e santa aguarda o Noivo celestial. A esperança do arrebatamento lhe dar forças para vencer as lutas, aos ataques do adversário, pra enfrentar de cabeça erguida os sofrimentos, as provações, as aflições e tentações. Ela é igreja vitoriosa que desafia o inferno com sua coragem e não se dobra diante do mundo, supera a rejeição e o ódio, ela vence Satanás.
Prisioneira da viva esperança ela segue confiante ao encontro de seu amado, ela sabe que ele virá para arrebata-la. Muito em breve todos lamentarão e verão o organismo ser arrebatado da organização, então se verá a diferença entre os fiéis e os infiéis, entre o justo e o ímpio; entre os que verdadeiramente creram e esperaram e os que não consideraram que Jesus viria para o arrebatamento. Uma elite de pessoas de vidas consagradas, que amaram ao Senhor acima de tudo, que sangraram como sacrifício vivo sobre o altar, durante todos os dias que viveram sobre a terra; que chorou lágrimas de sangue ao sentir o gosto da renúncia; homens e mulheres fieis que diante dos recifes das escolhas mantiveram-se firmes enquanto esperavam o regresso de seu Senhor, homens e mulheres que creram contra a esperança.
Jesus virá como um ladrão na noite, virá para buscar os seus santos. Aguarde
Parabéns a todos os servos de vidas consagradas que resistiram até o sangue e não deixaram calar o MARANATA. Ora vem Senhor Jesus. O Espírito e a Noiva dizem vem!

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